Credibilidade – artigo de primeira necessidade

por Eliana Dutra

Uma crise na empresa ou até mesmo uma transformação dentro da organização, seja de processos, sistemas ou pessoas, gera uma série de desafios para os líderes e seus colaboradores. E em tempos de grave crise econômica, na qual as corporações estão tendo que se adaptar a novos cenários, essa realidade é ainda mais contundente. No entanto, a mudança só acontecerá de fato e de forma permanente se os funcionários acreditarem no seu CEO, ou seja, a credibilidade no líder.

Estamos hoje vendo isso claramente na atual situação em que se encontra a presidente da república. Sua credibilidade foi arrasada por decisões equivocadas, escândalos financeiros, promessas não cumpridas. Então hoje não consegue liderar nem criar alianças, perdeu o apoio da base.

Em qualquer organização a credibilidade é feita de coerência, não há mais espaço para o “faça o que eu mando e não o que eu faço”. Rompe a confiança, por exemplo, exigir corte de custos e o CEO gastar uma fortuna em viagens desnecessárias.

A credibilidade do CEO é “casada” com a confiança que acionistas e mercado tem depositado no CA. No entanto, algumas vezes o conselheiro por ter sido executivo tem a tentação de falar direto com o staff ou mesmo dar um bypass no CEO porque precisa de uma informação urgente. Quando faz isso não nota que não está só pegando uma informação, está minando a credibilidade do CEO e se este está num momento de crise como o que vivemos não poderá fazer os ajustes necessários sem a credibilidade da equipe.

Para isso, é necessário que o conselheiro conheça o próprio papel e adote a postura de um coach, ouvindo contextualmente e estimulando a reflexão do CEO. Lembrando sempre que o conselheiro coloca o nariz , mas não as mãos.

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Carla Dutra Artes / Tiver e Entranet